quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Paulo André critica nota 'superficial' da CBF e não descarta greve


Um dos líderes do Bom Senso FC, zagueiro reprova resposta de entidade e diz que paralisação pode ocorrer ainda nesta temporada

Por Diego Ribeiro
São Paulo

O zagueiro Paulo André não ficou satisfeito com a nota oficial publicada pela CBF na tarde desta quarta-feira, em resposta às críticas e reivindicações do movimento Bom Senso FC, do qual o jogador do Corinthians é um dos líderes. Ao tomar conhecimento do conteúdo divulgado pela entidade máxima do futebol brasileiro, o atleta manteve a posição firme do movimento e não descartou uma greve dos jogadores antes do fim do Campeonato Brasileiro.

A nota publicada pela CBF sugere um limite de 65 jogos por ano e fala sobre o Fair Play financeiro, uma das principais causas defendidas pelo Bom Senso FC. Em entrevista na tarde desta quinta-feira, Paulo André tratou a posição da CBF como superficial.

Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

– É uma nota superficial e que não acrescenta muita coisa. Ainda vou repercutir com os outros atletas, não tive tempo de conversar com todos. A nota não resolve nada, mais uma vez, e vamos continuar com as manifestações para chamar a atenção e mostrar que as coisas não estão sendo bem encaminhadas – afirmou o zagueiro.

A greve, claro, seria a alternativa em último caso. A ideia de fazê-la antes do fim do Brasileirão se torna mais forte, para que a entidade e seus dirigentes não se acomodem no mês de dezembro, sem jogos e com férias para os jogadores.

– A possibilidade existe, é real, e enquanto a CBF não nos der uma resposta concreta, do jeito que pedimos, o movimento vai continuar se manifestando – destacou Paulo André.

Na rodada passada, os jogadores da Série A ficaram sentados nos gramados por cerca de um minuto. Antes, já cruzaram os braços e trocaram passes de forma amistosa. Para a próxima rodada, no fim de semana, novas ações estão sendo discutidas.

– Vamos ver o que fazer, estamos discutindo. Mas o importante é que as manifestações vão continuar – assegurou o zagueiro do Corinthians.

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