quinta-feira, 16 de maio de 2013

Paulo André minimiza pena a Amarilla e quer que algo "venha à tona"


Bruno Grossi, especial para a GE.net
São Paulo (SP)


A Conmebol ainda não se manifestou oficialmente sobre a atuação de Carlos Amarilla no empate com o Boca Juniors que eliminou o Corinthians da Libertadores, mas nem uma possível punição ao árbitro basta. Escolhido pela assessoria de imprensado clube para dar entrevista nesta quinta-feira, Paulo André espera que a verdade sobre o que ocorreu no Pacaembu apareça.

“No momento certo, as coisas podem vir à tona”, disse o zagueiro, dando a entender que os próprios jogadores têm mais a declarar. “Agora precisamos focar no Santos para que a gente consiga ser campeão. A partir de segunda, faremos um pouco diferente. Podemos vir aqui e falar mais.”

A afirmação do defensor foi uma explicação para a postura mais contida dos atletas em relação às dos dirigentes, que não pouparam o árbitro paraguaio. O diretor de futebol Roberto de Andrade, por exemplo, garantiu que Amarilla atuou “sob encomenda” para tirar o clube da competição e até duvidou de qualquer ação não só da Conmebol, mas também da CBF e da Federação Paulista de Futebol a favor do Timão.

Apesar disso, existe a possibilidade de o paraguaio ser punido e até deixar de apitar partidas nesta Libertadores. Uma pena que não satisfaz Paulo André. O zagueiro gostaria que atitude mais eficiente fosse tomada para evitar novos problemas como os vistos no Pacaembu.


Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press

“Não alivia em nada. A dor é a mesma”, simplificou, ressaltando os prejuízos ao Corinthians. “O clube deixa de arrecadar dinheiro. (A punição) É mais que justo e o mínimo que pode ser feito para tentar coibir atuações péssimas, mas só isso não basta. Outras medidas devem ser tomadas para que isso não se repita.”

O defensor não quis nem se alongar sobre qualquer relação da morte de Kevin Beltrán Espada com a atuação de Amarilla – o boliviano de 14 anos foi atingido por um sinalizador disparado da torcida corintiana na estreia do atual campeão na Libertadores deste ano, em 20 de fevereiro, no empate com o San José, na cidade de Oruro.

“É uma questão política, o Duílio (Monteiro Alves, diretor adjunto de futebol), o Roberto (de Andrade) e o (presidente Mário) Gobbi podem falar mais sobre isso. Mas o Corinthians não foi duro com a Conmebol. Se foi por isso, é uma sacanagem maior ainda”, reclamou Paulo André, lembrando que o Corinthians chegou a atuar sem torcida no Pacaembu, contra o Millonarios, como punição pela morte de Kevin Beltrán Espada.

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