Líder do movimento, zagueiro assegura que não esquecerá a causa, mesmo jogando na China. Comunicação com outros atletas será via internet
Por Rodrigo Faber
São Paulo
De saída para o Shangai Shenhua, da China, o zagueiro Paulo André não deixará somente o Corinthians para trás no Brasil. Líder do Bom Senso FC, o defensor ficará mais distante dos outros pivôs do movimento. Mesmo do outro lado do mundo, ele assegura que continuará contribuindo com as ideias por meio de redes sociais, para a evolução do futebol brasileiro.
Após decidir que deixaria o Timão, Paulo André avisou aos outros membros do movimento. A proposta chegou ao zagueiro na última segunda, e a negociação foi rápida: após conversa com o diretor de futebol Ronaldo Ximenes, Paulo André optou por aceitar a proposta do clube chinês.
Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians |
– O movimento continua da mesma forma, com os integrantes tocando. Estarei presente via redes sociais, ajudando e colaborando, dando ideias. O Bom Senso está estruturado, com não-atletas participando e também com os atletas nas principais decisões. Todos (os membros) já sabiam. Eles foram comunicados e desejaram sorte – afirmou.
Considerado um dos líderes mais efetivos do Bom Senso, defendendo até medidas drásticas, como greve dos jogadores, Paulo André acredita que sua saída do país pode também colaborar com o Bom Senso sob certo ponto de vista. O zagueiro quer que todos entendam que não se trata de uma mobilização de atletas da elite do futebol nacional, mas sim de todos os tipos de atletas.
– Talvez não tendo minha figura as pessoas entendam que é um movimento de mais de mil atletas. Não é só do Paulo André, do Dida ou do Rogério Ceni. Todos entendemos que precisa melhorar – explicou.
Criticado por torcedores do Corinthians em diversos momentos por supostamente desviar o foco do campo para as questões políticas do futebol, Paulo André negou que em qualquer momento tenha dado prioridade absoluta ao Bom Senso e lembrou: mesmo envolvido com cultura desde que chegou ao Timão, conquistou cinco títulos, em um dos momentos mais vitoriosos da história do clube.
– Em 2011 fomos campeões brasileiros, ganhei um prêmio individual, e eu pintava quadros. Em 2012 eu fiz um leilão beneficente desses quadros. Escrevi um livro. Fazer coisas fora do campo, desde que você tenha discernimento e não prejudique seu trabalho, não tem problema nenhum. É benéfico. O futebol deve conversar com a juventude do país. Se podemos quebrar o paradigma do atleta, de que ele gasta dinheiro a torto e direito e só pensa em balada, por que não fazer?
Considerado um dos líderes mais efetivos do Bom Senso, defendendo até medidas drásticas, como greve dos jogadores, Paulo André acredita que sua saída do país pode também colaborar com o Bom Senso sob certo ponto de vista. O zagueiro quer que todos entendam que não se trata de uma mobilização de atletas da elite do futebol nacional, mas sim de todos os tipos de atletas.
– Talvez não tendo minha figura as pessoas entendam que é um movimento de mais de mil atletas. Não é só do Paulo André, do Dida ou do Rogério Ceni. Todos entendemos que precisa melhorar – explicou.
Criticado por torcedores do Corinthians em diversos momentos por supostamente desviar o foco do campo para as questões políticas do futebol, Paulo André negou que em qualquer momento tenha dado prioridade absoluta ao Bom Senso e lembrou: mesmo envolvido com cultura desde que chegou ao Timão, conquistou cinco títulos, em um dos momentos mais vitoriosos da história do clube.
– Em 2011 fomos campeões brasileiros, ganhei um prêmio individual, e eu pintava quadros. Em 2012 eu fiz um leilão beneficente desses quadros. Escrevi um livro. Fazer coisas fora do campo, desde que você tenha discernimento e não prejudique seu trabalho, não tem problema nenhum. É benéfico. O futebol deve conversar com a juventude do país. Se podemos quebrar o paradigma do atleta, de que ele gasta dinheiro a torto e direito e só pensa em balada, por que não fazer?
Fonte: Globo Esporte
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