quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Paulo André promete ajudar de longe e diz que Bom Senso não vai parar

Marcos Guedes
São Paulo (SP)

A última entrevista de Paulo André no Corinthians teve em comum com as anteriores intermináveis questões sobre o Bom Senso FC. De saída para o Shanghai Shenhua, da China, o zagueiro disse que continuará contribuindo com o grupo que cobra mudanças no calendário do futebol brasileiro.

“O movimento continua da mesma forma. Estarei presente via redes sociais, dando ideias. O movimento está estruturado. Todos já sabiam que eu estava saindo do Corinthians. Eles foram comunicados, desejaram sorte ao amigo que está indo e disseram que continuarão tocando o projeto da mesma forma”, afirmou.

O beque não gostou dos questionamentos sobre sua ausência em um momento importante na luta dos jogadores, com ameaça de greve defendida pelo próprio agora ex-corintiano. Ele se incomodou particularmente com a insinuação de que resolveu partir na primeira oportunidade.

“É uma besteira gigantesca. Não é a primeira oportunidade. Outras propostas chegaram antes. Todas foram estudadas, pensadas, de acordo com minha vontade e meu interesse. Ainda tenho o direito de escolher o que quero fazer. Continuo seguindo uma linha reta, que é dar prioridade ao meu trabalho. Fiz muito mais do que meu papel, muito mais do que quem está falando besteira”, esbravejou.

Foto: Daniel Augusto Jr.

De acordo com Paulo André, atuar fora do Brasil não diminui seu engajamento. “Há líderes do movimento desempregados, e desses caras ninguém fala. Eles não têm espaço na mídia para defender o movimento. O movimento tem gente trabalhando, são mais de 20 atletas ativos cuidando de tudo, apesar de eu ser o mais maluco dando a cara em entrevistas. Não é porque eu estou saindo e que outro parou de jogar que o movimento vai parar.”

Para o zagueiro, sua transferência pode até ser benéfica no sentido de o Bom Senso FC deixar de ser personificado em sua figura. “É bom que entendam que é um movimento de atletas da Série A, atletas da Série B. Não é do Paulo André, do Dida, do Rogério Ceni. Sem dúvida, nesse sentido, o movimento ganha com minha saída”, concluiu.

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