sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Corintiano Paulo André e Raí colocam Marin contra a parede em debate em São Paulo

José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), não teve vida fácil nesta sexta-feira, no Fórum Nacional do Esporte. O dirigente máximo do futebol brasileiro foi colocado em saia justa por Paulo André, zagueiro do Corinthians, e Raí, ex-jogador tetracampeão em 1994.

As discussões começaram tranquilas para Marin, com os elogios do mediador do debate, o empresário João Doria Jr., que afirmou que o novo presidente da CBF melhora a transparência na entidade em comparação ao antecessor Ricardo Teixeira. O papo com os atletas, porém, não foi tão manso.

O corinthiano Paulo André fez a primeira pergunta a Marin, indagando sobre o momento do futebol brasileiro, campeão da Copa das Confederações, mas que somou insucessos nas excursões europeias com São Paulo e Santos - o segundo acabou goleado pelo Barcelona, por 8 a 0.

Foto: Gazeta Press

"Temos hoje em dia a Série B quase tão boa quanto a Série A e estamos incentivando muito a Série D. Só temos uma dificuldade maior por causa da grandeza territorial", disse Marin, sem responder o questionamento de quais seriam os planos da CBF para aproximar o futebol brasileiro do europeu.

"Se você pega um avião do Rio Grande do Sul ao Amazonas, vamos dizer que leve quatro ou cinco horas, você pode verificar uma mudança de sotaque, mas é o português que nós falamos. Um avião com essa mesma duração na Europa você vai ter o português, o espanhol, o francês, o alemão, o que demonstra a disparidade das distâncias", justificou.

Na sequência, Paulo André rebateu e disse que chegou a jogar a sexta divisão paulista, recebendo 180 reais por mês. A pergunta desta vez foi se não seria mais vantajoso capacitar os clubes ao invés de simplesmente subsidiar a Série D nacional. Marin respondeu que "subsidiar a Série D é uma forma de gerar empregos e oportunidades" e que a CBF "cuida das seleções de base".

Depois foi Raí, que integra o projeta de ex-atletas que pede mais transparência no esporte, perguntar. O tetracampeão indagou Marin sobre a possível criação de uma liga de clubes, para substituir a CBF na organização do Campeonato Brasileiro. "Ninguém é contra a criação da liga", respondeu o cartola.

"Mas não vejo razão para a criação de uma liga. Se alguém desejar, a gente respeita. A CBF funciona de portas abertas, se liga um presidente clube ou federação, ele será recebido", acrescentou.

Fonte: ESPN.com.br

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