segunda-feira, 22 de julho de 2013

[Arquivo] Zagueiro Paulo André, do Corinthians, foi um promissor tenista

Texto extraído do site Esporte Fino, do Carta Capital, publicado em 01 de outubro de 2009.

Por Jorge Nicola
Repórter do Diário de S. Paulo

Antes de bater um bolão com a camisa do Corinthians, Paulo André era o craque das bolinhas. Até os 14 anos, o zagueiro só pensava em se profissionalizar como tenista. “Cheguei a ser o terceiro melhor do estado de São Paulo na minha categoria”, relembra o beque, orgulhoso por ter vencido três vezes o torneio Raquete de Ouro. “Ganhei com 10, 12 e 14 anos”, conta.

Paulo André deu suas primeiras raquetadas ainda criança, num clube de campo de Campinas, onde cresceu. “Eu comecei a ver meu pai jogar e me encantei. Então, ficava o fim de semana me dividindo entre o tênis e o futsal”, recorda.

Com o passar dos anos, o tênis virou coisa séria. Paulo André demonstrou talento, começou a ganhar títulos e integrou a equipe mais forte de Campinas, que contava também com Ricardo Mello e Flávio Saretta. “Eles são três anos mais velhos, mas treinávamos juntos.”

Porém, num sábado de sol, tudo mudou. “Fui disputar uma pelada pelo time da AABB, e um olheiro gostou do meu futebol. Aí, me indicou para um teste no São Paulo. Passei e fiquei quatro anos nas categorias de base do Tricolor”, conta o zagueiro. “A partir daquela época, tive que desistir do tênis, por falta de dinheiro”, lamenta.

O tênis brasileiro perdeu um candidato a craque, mas ganhou um zagueiro de bom nível. “Agora só jogo tênis nos dias de folga, para tirar o estresse”, revela o corintiano, que é fã do suíço Roger Federer, para muitos o maior da história. “Eu só não era tão bom quanto ele. Tinha um saque forte, gostava de jogar no fundo de quadra e adorava o piso de saibro”, brinca.

Fonte: Futebol Fino

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